segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Seriado independente sobre trabalho da polícia será exibido na Globo

Ainda sem data de estréia fechada, mas com 13 episódios prontos para ir ao ar pela Rede Globo, o seriado “Força-Tarefa” promete mostrar o outro lado da polícia, acompanhando casos reais do início até sua solução. O seriado faz parte de uma série de ações envolvendo temas policiais, reunidas no Projeto 190, da produtora paulistana Medialand, que está se especializando no desenvolvimento de formatos de reality shows e outros produtos audiovisuais que possam derivar deles.
Cada episódio do seriado mostra dois casos policiais, do início até o final, em episódios de 30 minutos com um intervalo comercial. Para documentar mais de 50 casos policiais, a produtora arregimentou uma equipe de 30 pessoas que trabalhou 24 horas, sete dias por semana, acompanhando equipes policiais de São Paulo das polícias civil, militar, científica e do corpo de bombeiros. Com isso, dois tipos de histórias acontecem: uma em que todo o processo de investigação é acompanhado dia a dia até o desfecho do caso, e outra em que a equipe vai atrás de um chamado de emergência.
A produtora executiva Carla Albuquerque, idealizadora do programa e fundadora da produtora, explica que “Força-Tarefa” não é um produto jornalístico, mas de entretenimento. “A idéia não é divulgar os crimes, mas mostrar como funciona a polícia. Os crimes são pano de fundo, tanto que os rostos dos criminosos não são mostrados. Mas os policiais sim, são totalmente identificados, e alguns deles inclusive são os narradores das histórias”, explica. A emissora designou um apresentador para os programas, mas não há repórteres.
Case por Lizandra de Almeida - News - Revista Tela Viva

Disputa de canais abertos,aumento da base de TV por assinatura computadores e banda larga provocam mudança no perfil do consumidor de mídia eletrônica


Uma chuva de números de audiência aparece na mídia diariamente. Parte da estratégia de marketing na guerra entre os canais de TV aberta, os números divulgados não ajudam a chegar a uma conclusão sobre o hábito de consumo de televisão. Quedas e picos pontuais de audiência mostram apenas que os controles remotos dos telespectadores funcionam, mas não como são explorados em longo prazo.
TELA VIVA conversou com dirigentes de emissoras de televisão, TV por assinatura e portais e reuniu pesquisas de comportamento e consumo de mídias eletrônicas, buscando levantar para onde, efetivamente, vai a audiência brasileira. Trata-se de um esforço para apontar não os vencedores da disputa no dia a dia, mas como se comporta o novo telespectador e como as mídias serão assimiladas e consumidas no futuro.
A primeira conclusão: há uma mudança no hábito do consumidor de mídia, e sobre isso não restam dúvidas. Segunda conclusão: a televisão aberta e generalista mantém uma vantagem enorme sobre qualquer outra mídia, já que é a que tem maior penetração e conseguiu consolidar o hábito de ver TV ao longo de mais de meio século. Contudo, o público está aprendendo a mudar de canal e a buscar conteúdo, seja entretenimento ou informação, em outras fontes e dispositivos. E esta é a terceira conclusão a que se chega ao olhar conjuntamente para os muitos dados disponíveis.
Segundo dados da pesquisa Accenture “Televison in Transition”, três em cada dez entrevistados assistem algum conteúdo em dispositivos alternativos, como PCs e celulares, a cada semana. A pesquisa foi feita com 7 mil entrevistados em oito países: França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, México e Brasil.
O estudo da Accenture mostra que a TV linear não está morrendo, mas que o consumo não-linear de mídia está crescendo e despertando o interesse do consumidor.
A mudança, aponta a Accenture, é liderada por consumidores de menos de 35 anos de idade, especialmente os com menos de 25 anos. Além de ser o grupo que se mostra mais insatisfeito com as opções da televisão, são os que se mostram mais dispostos a ver conteúdo em dispositivos alternativos, e que tendem a preferir o conteúdo sob demanda. O estudo mostra que, quanto mais novo é o consumidor, mais está insatisfeito com a TV ao vivo e mais propenso a assimilar o conteúdo por outros dispositivos (ver gráfico "Nível de satisfação com a TV linear por idade").
A pesquisa mostra ainda que as pessoas não estão mais escolhendo os canais de sua preferência, mas sim os conteúdos de que mais gostam. E estes conteúdos são buscados em vários canais, em múltiplas plataformas de distribuição.
No Brasil, o país da TV aberta, a reviravolta no consumo das mídias eletrônicas levou ao aumento do tempo dedicado a assistir televisão. Conforme dados do Ibope Telereport PNT (das 6h00 às 24h00), de sete anos para cá, o brasileiro tem passado quase 30 minutos a mais por dia em frente à televisão. Em 2001, o tempo médio dedicado à TV era de 4h15. De janeiro a junho de 2008, o tempo médio foi de 4h42 (veja gráfico "Consumo médio anual de TV aberta"). Os telespectadores não abandonaram, portanto, a mídia mais tradicional. Mas isso não diminui o impacto nas mudanças nos hábitos do brasileiro. Pelo contrário, a audiência na TV brasileira passa por um momento muito peculiar. Com os investimentos da Record em telenovelas, pela primeira vez a Globo enfrenta um adversário capaz não apenas de abalar sua supremacia com picos pontuais de audiência, mas de forçar uma queda contínua de audiência e de share. Além disso, há um segundo “canal” que vem crescendo em taxas constantes no Ibope. É o que o instituo chama de outros aparelhos e cujo share no tempo diário médio de exposição (Ibope Media Workstation - Painel Nacional de TV) saltou de 2,73, em 2005, para 6,45 em 2008 (em uma prévia até o mês de setembro). A categoria é composta, além do DVD, por video games, VCRs, DVRs, media centers etc. A própria pirataria da mídia DVD é apontada como um dos motivos para o crescimento deste concorrente dos canais de TV.
Mas um outro inimigo é o que mais impacta na audiência da Globo. Em 2005, a Record começou a investir na produção de telenovelas, com a compra de um complexo de estúdios batizado RecNov, no Rio de Janeiro. Mirando o segundo lugar, tradicionalmente do SBT, a Record conseguiu abalar a Globo também, embora esta ainda mantenha audiência média superior à do SBT e da Record somadas. Conforme mostra o Ibope Media Report, o share da Record na audiência nacional cresceu de 7,8% em 2004, quando ainda não produzia novelas, para 14,8% em 2007, quase alcançando a participação de 15,3% do SBT. Mas quem apresentou a maior queda neste período não foi a emissora de Silvio Santos. O share da Globo neste período caiu de 55,7% para 45,5%. No horário nobre, tanto a subida da Record quanto a queda da Globo são ainda mais acentuadas.

Segundo fontes da Globo, a queda não é tão grave quando se analisa um período mais longo, já que em 2004 todas as novelas da emissora apresentaram audiências muito altas. Realmente, trata-se do melhor ano da Globo, que vinha em crescimento, chegando 56%. Contudo, não há como ignorar que a queda começou quando chegou um concorrente em telenovelas. E os investimentos da concorrência no formato que sempre foi especialidade da Globo continuam. A Record anunciou recentemente investimentos para ampliar o complexo RecNov.
Além das telenovelas, a Record, assim como a Band, embora em menor escala, vem investindo fortemente em jornalismo, visando a conquista não apenas da audiência, mas de credibilidade, e, em conseqüência, participação maior no bolo publicitário. Se o investimento no ganho de audiência e credibilidade não surte efeito rapidamente é, para fontes da Record, porque o mercado publicitário precisa de tempo, já que a estratégia de compra de mídia é definida para períodos longos.
Para a Globo, mudar a direção dos investimentos é muito mais complicado do que pensam os concorrentes. Para a emissora do Jardim Botânico, a medição por faixas horárias é um parâmetro usado apenas pelas TVs. Para o mercado publicitário, o mais importante seria o target, e a Globo alega ter 26 ou 27 das 30 maiores audiências em cada target. Aí está, segundo a Globo, o motivo de a emissora ter 50% da audiência e 75% do bolo publicitário. A divisão do bolo mudaria apenas se a Globo passasse a ter metade ou menos dos programas de maior audiência por perfil de público. A exceção, admite a emissora, está apenas no público infantil, dominado pelo SBT.


TV paga

No Congresso ABTA, realizado em agosto deste ano, programadores apontaram queda na audiência dos canais pagos a partir de setembro de 2006. Entre as causas apontadas estavam a digitalização das redes, que inibiu a pirataria de pontos extras, e a Internet. O fato é que o tempo médio de audiência caiu dez minutos entre 2006 e 2007, para pouco menos de 2h10. O alcance (porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária) também caiu de 56% em 2006 para 49% em 2007. São quedas preocupantes para o setor.

As discussões sobre os motivos são acaloradas. Nem mesmo o Ibope conseguiu precisar o que levou à queda da audiência na TV por assinatura.
O instituto de pesquisas mede a audiência de todos os televisores das residências monitoradas dentro da base. Com a digitalização das redes de cabo, as TVs que recebiam o sinal diretamente na TV, sem uso de set-top boxes, deixaram de exibir os canais pagos. Portanto, apenas um dos televisores da casa continuou com o serviço pago. Para a maioria dos programadores, a audiência deve crescer nos próximos anos, com a oferta dos pontos adicionais por parte dos operadores.
O outro lado tem defensores de peso. A Abril encabeça o grupo dos que apostam na Internet como a competidora que vem tirando o público da TV por assinatura. Para o grupo de mídia, a queda é acentuada demais para ser causada apenas pelo cancelamento dos pontos adicionais. Seria como se parte dos moradores da casa ignorasse que uma das TVs ainda recebe o sinal por assinatura, principalmente se for levado em conta que nem todos os moradores compartilham os mesmos horários para assistir televisão.
Para a Abril, o problema da TV por assinatura é o conteúdo, em sua maioria estrangeiro e, na visão do grupo, sem afinidade com o público brasileiro. Contudo, este não é o único argumento para a teoria de que a Internet afeta a TV por assinatura. Vale destacar que as operadoras de TV vêm conquistando novos assinantes, tanto para o serviço de TV quanto de banda larga. Esta nova base poderia ser parte da razão da perda de audiência. Isto porque estes assinantes novos trariam consigo os hábitos de consumo de conteúdo da TV aberta e teriam agora dois novos serviços disputando sua atenção (veja gráfico "Tempo médio diário de exposição").
O Ibope apontou à ABTA outros fatores, todos não-conclusivos: a queda de audiência pode ser atribuída à popularização dos DVDs, tempo perdido no trânsito ou aumento de permanência no trabalho. É evidente que estes fatores afetam também a TV aberta, o que explica os esforços para ter um padrão de TV digital que contemplasse a mobilidade.
A pesquisa internacional da Accenture, que aponta o alto percentual de entrevistados que assistem a algum conteúdo em dispositivos alternativos, como PCs e celulares, e que inclui o Brasil, também funciona como argumento para os que concordam com o ponto de vista da Abril.


Não-linear

Nos Estados Unidos, este desejo por consumir o que quiser e quando quiser tem se refletido no uso de DVRs. Larry Gerbrandt, consultor da Media Valuation Partners, apresentou no Congresso TV 2.0, realizado em setembro por TELA VIVA, uma pesquisa da Nielsen que aponta que o americano médio gasta 5h50 no mês assistindo à televisão fora da grade. Comparando maio de 2007 com o mesmo mês em 2008, houve um aumento de 56% no tempo gasto pelos americanos assistindo televisão através de DVRs, programação on demand e outras formas não lineares.
No Brasil a penetração do DVR não é expressiva, o que pode explicar porque o usuário está buscando mais conteúdo na Internet. Por aqui, o PC é o dispositivo mais difundido e cada vez mais acessível e conectado.
Segundo Gerbrandt, o mercado de vídeo online deve ser o meio de crescimento mais rápido em 2009. Os vídeos online proporcionaram receitas globais (publicidade e acordos de licenciamento) em 2007 de US$ 1,65 bilhão, diz. A projeção é que este número chegue a US$ 9,96 bilhões em 2012.
A apresentação do consultor da Media Valuation Partners aponta que o tipo de conteúdo mais assistido na Internet via streaming é o conteúdo gerado pelo usuário, que representa 49%. Outros 9% são de televisão broadcast, 1% de conteúdo de cinema e 41% de outros (notícias, música, tutoriais etc). Segundo Alex Banks, gerente para a América Latina da empresa de pesquisas Comscore, também no Congresso TV 2.0, dos 37 países elencados, o Brasil fica em 14º em média de visitas a sites multimídia e em 32º em tempo de permanência nestes sites. Contudo, é o sétimo na lista dos que mais acessam o YouTube. Segundo Banks, o volume de visitantes únicos ao portal de vídeo do Google no Brasil cresceu aproximadamente 55% em um ano, saltando de 5,8 milhões de acessos em junho de 2007, para 9,1 milhões em junho de 2008. A Globo.com (que tem o forte reforço do conteúdo da TV Globo), no mesmo período, cresceu, segundo Banks, 35%, chegando a 5,9 milhões de acessos em junho de 2008. No mês de julho deste ano, bateu 8,3 milhões de acessos únicos. A Globo admite que a sua estratégia com novas mídias passa por manter a audiência na TV tradicional. Ou seja, é uma estratégia de preservação de público.
Banks apresentou um balanço da audiência dos sites no mercado norte-americano, apostando que o mesmo deve se repetir no Brasil com o crescimento da banda larga. O executivo apontou que 20% dos internautas são heavy users do vídeo, enquanto 30% é médio e metade faz pouco uso do vídeo online.
Banks aposta que o cenário norte-americano pode se repetir no Brasil com a difusão da banda larga. Mas quem apostar que o sucesso do vídeo online por aqui será maior, tem poucas chances de errar. O executivo da Comscore apresentou dados da NBC sobre a exibição dos jogos olímpicos em seu portal de vídeo na Internet. O portal teve cerca de 1,5 milhão de streamings diários, ou, 28,5 milhões de streamings no período de 19 dias.No Brasil, onde a banda larga ainda tem baixa penetração, o número foi igual. As Olimpíadas transmitidas pelo Terra tiveram 28,5 milhões de vídeos assistidos por mais de 15 milhões de pessoas, mais que o dobro dos 6 milhões que costumavam passar pelo Terra TV antes dos jogos olímpicos. O pico de audiência foi durante as duas horas do jogo de futebol Brasil e Argentina, que teve 1,2 milhão de vídeos vistos. Ainda antes dos jogos, Paulo Castro, diretor geral do Terra no país, disse a TELA VIVA que o investimento se justificava não apenas com o retorno obtido com a venda de patrocínio na cobertura do evento. O portal esperava que o evento esportivo trouxesse para o Terra TV um novo público e ajudasse a solidificar o hábito de consumir vídeo online.

Excesso de programação comercial tira TV do ar em Curitiba

Acabou a parceria entre a TV+, canal de varejo, e a TV Mercosul (canal 21), geradora em UHF, em Curitiba (PR). O negócio, que consistia na divisão das receitas geradas pela exibição do conteúdo de varejo no canal, foi desfeito por conta de decisão da Anatel. A agência determinou a retirada da programação do ar, a partir do dia 31 de outubro, baseada na Lei 4.117, de 27/8/1962, que determina que a emissora não ultrapasse mais de 25% do seu tempo de programação para a transmissão de publicidade comercial. Com a saída, o canal passou a exibir conteúdo religioso. "É como se o shopping Iguatemi fosse fechado por que o zoneamento não permite lojas na região e se transformasse numa imensa igreja", disse a este noticiário o empresário Carlos Carreiras, da TV+. Segundo ele, uma pesquisa junto a assinantes de TV paga no ABC paulista, operação onde seu canal é exibido, a TV+ recebeu uma avaliação positiva de 75% dos entrevistados. "Será que a programação religiosa receberia uma avaliação tão boa?", questiona.
O executivo cobra isonomia da agência reguladora. "E os canais de vendas em São Paulo? A regra tem que ser igual para todos", disse.
TV por assinatura
O conteúdo da TV+ não está em nenhum outro canal aberto. O executivo diz que não pretende voltar à radiodifusão terrestre "enquanto esta questão não for resolvida". A TV+ está presente em operações da Net no ABC Paulista, São Paulo, Santos, Niterói, Americana e, a partir deste mês de novembro, em Piracicaba.Em Curitiba, o canal tinha cerca de 350 clientes e uma equipe de mais de 50 pessoas.
Regulamentação
Vale destacar, cabe à Anatel e ao Ministério das Comunicações a fiscalização da radiodifusão. A regra que proíbe usar mais de 25% do tempo da programação com publicidade comercial se justifica com a limitação do espectro de freqüências, um bem considerado público e que, portanto, deve ter programação de interesse público.
Publicado em 04/11/2008 - News - Revista Tela Viva

Brasil e Itália terão novo acordo de co-produção

Juca Ferreira, ministro da Cultura do Brasil, e Sandro Bondi, ministro da Cultura da Itália, assinam durante o Festival de Roma o novo acordo de co-produção cinematográfica entre os dois países. A cerimônia de assinatura ocorre no dia 23.O novo acordo partiu de uma revisão de outro assinado em 1970. O novo texto, negociado entre a Ancine e a Direção Geral do Cinema da Itália, moderniza os termos do atual acordo de co-produção. Entre as mudanças está a possibilidade da realização de co-produções financeiras, sem a participação obrigatória de artistas e técnicos de cada parte na mesma proporção que as cotas societárias estabelecidas no contrato de co-produção; além da redução da porcentagem de participação obrigatória da parte minoritária.Foco BrasilAlém da cerimônia de assintura, o Festival de Roma traz um destaque para a produção cinematográfica brasileira, o Foco Brasil, que contará com duas mostras especiais de filmes nacionais: Vetrina Nuovo Cinema Brasiliano, com produções recentes; e Retrospettiva, com a exibição de documentários sobre artistas e personalidades brasileiras. Em paralelo às mostras, serão promovidos debates sobre o cinema brasileiro com a participação especial da atriz Fernanda Montenegro e de realizadores como Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues, João Moreira Salles e Eduardo Coutinho.
News - Revista Tela Viva

domingo, 23 de novembro de 2008

Apple: Fazendo história - A reinvenção do Ipod


O Iphone permite sincronizar todos os contatos com os livros de endereços que existem num computador, seja um PC, Mac ou serviço de Internet, tal como o da Yahoo!, permitindo encontrar um contato, fazer uma chamada e organizar conferências entre múltiplas chamadas como nunca nenhum telefone permitiu. A função Visual Voicemail, que permite distinguir entre as diferentes mensagens recebidas e escutar as que queremos, pela ordem que queremos, cria um novo potencial de comportamento social para o próprio telefone, a partir de uma função que, até aqui, era apenas um recurso limitado, podendo mesmo vir a substituir a utilidade das mensagens de texto SMS. As quais, aliás, se tornam completamente redundantes com as capacidades de cliente de e-mail do Iphone e a disponiblidade de um eficaz teclado QWERTY, apenas dependente de software.

O Iphone é o primeiro dispositivo que torna realmente viável o acesso a e-mail HTML num dispositivo móvel, vindo acompanhado de fábrica com uma conta ativa própria fornecida pela Yahoo!. Ele permite acessar qualquer site na Internet ou mesmo webmail com uma versão própria do navegador Safari e introduz, pela primeira vez, uma funcionalidade realmente útil para os serviços Google Maps e Google Search.

A forma de interagir com a música e filmes armazenados neste Ipod de tela larga torna-se, graças a esta sofisticada combinação, numa experiência que permite ultrapassar a barreira psicológica entre possuir suportes físicos e apenas os arquivos digitais dos conteúdos.

sábado, 22 de novembro de 2008

Rádio Digital na 16ª Broadcast & Cable 2007


Com cerca de 7 mil emissoras, entre comerciais e comunitárias, o Brasil tem hoje o segundo maior mercado de rádio do mundo e, consequentemente, um plano de frequência extremamente complexo. A escolha de um padrão de HD Radio (rádio em alta definição) deve contemplar as emissoras atuais, protegendo o conteúdo e as ondas de pirataria, de modo que a estrutura que está montada não tenha de voltar à estaca zero. Como disse André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, "não dá para simplesmente botar uma pá de cal nas radiodifusões e começar tudo do zero".
É uma decisão extremamente delicada, mas que precisa ser tomada às pressas. A indústria, estagnada e vendo o rádio ficar para trás frente a novas tecnologias móvies, morde os calcanhares do governo, à espera da escolha. " Há dez anos não produziamos um único aparelho de radiodifusão," disse Acácio Costa, coordenador da Aliança Brasileira para a Rádio Digital. "Quanto tempo mais vamos esperar?Se, daqui a dez anos, surgir um sistema melhor, vamos migrar. Mas o que não podemos é esperar mais para definir um padrão."
Costa defendeu a escolha do padrão norte-americano IBOC. "Entregamos um documento para o ministério das Comunicações defendendo os princípios da rádio digital, que o sistema contempla. O modelo de rádio digital que queremos nos defenderá desta calamidade pública que são as rádios piratas." No entanto, críticos dos sistema americano afirmam que, embora ele permita a multiprogramação, impedirá a entrada de novas rádios no espectro, já que deverá ocupar integralmente os 400 kHz, quando entrar em operação definitiva.
Acácio Costa bate o pé. "O Conselho da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) não aceita um padrão que não seja mundialmente aceito." De acordo com ele, o cenário está montado, no que tange os fabricantes. " Panasonic, JVC e Semp Toshiba têm condições de comercializar receptores digitais em três meses. LG e Samsung têm interesse, mas não receptores prontos. A Gradiente prefere aguardar a decisão do governo."
André Barbosa preferiu não dar a cartada final a favor de um ou outro padrão, mas sinalizou críticas ao europeu DRM. " Sou favorável que, em três meses, tenhamos os testes da DRM, para estabelecermos um bom parâmetro de comparação. o Iboc tem um problema de intermodulação noturna. Será que DRM tem também? Precisamos ver se os europeus têm mesmo bagagem para vender," disse Barbosa.

Discussões sobre Rádio Digital na 16ª Broadcast & Cable, evento realizado em São Paulo em 2007 teve visitação recorde e atraiu os principais responsáveis pelas maiores emissoras e produtoras do país em busca de soluções técnicas e financeiras para a digitalização de suas infra-estruturas.

Reportagem da Revista Produção Profissional - Setembro 2007 - Nº 69

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Múltiplas Funções

Monitores de LCD dominam o mercado graças à queda dos preços e à diversidade de recursos. Mas o avanço de outras tecnologias, como OLED e FEED, pode ameaçar o reinado dos displays de cristal liquído.

Cobiçados pelos consumidores por muito tempo, os monitores de LCD não são mais um sonho distante. Nos últimos anos, o preço do equipamento caiu sgnificativamente. Para se ter uma idéia da redução, em março de 2006, um monitor de 19 polegadas com resolução de 1280 X 1024 pixels custava por volta de 3,3 mil reais. Hoje, pode ser comprado por 800 reais.
Essa queda nos preços explica o rápido crescimento da tecnologia. De acordo com pesquisa da IDC, a venda de monitores de LCD cresceu 200% nos seis primeiros meses de 2007 em relação ao mesmo período de 2006, contabilizando 4 milhões de unidades comercializadas.
O design do equipamento e o lançamento de novas funcionalidades encantam o consumidor. Os fabricantes investem na variedade e apresentam modelos com tamanhos e características diferenciadas. Tudo isso levou o LCD a ultrapassar os limites do PC e a agregar novas funções, como a de transmissão de TV e conexão a DVD, videogame e até filmadoras.
Se o objetivo for comprar um equipamento que atenda aos requisitos de trabalho e lazer, é preciso ficar atento à configuração do produto pra evitar surpresas desagradáveis. A alta resolução é um item importante para os que querem assistir a seu programa de TV preferido com qualidade. O tempo de resposta também conta pontos: quanto mais rápido o monitor, menores as chances de o usuário sofrer com o " efeito fantasma". Atualmente, muitos modelos com suporte para TV possuem tempo de resposta de 5 milissegundos.
Verificar se o equipamento é compatível com HDTV, sistema que permite transmissão em alta resolução, é outro item que deve estar no checklist do comprador. Sem se esquecer, é claro, da entrada digital (DVI), que também assegura uma imagem mais nítida.

Um passo à frente
Enquanto o LCD reina absoluto na preferência dos consumidores, outras tecnologias evoluem e prometem ameçar a liderança do LCD em um futuro próximo.
Uma delas é a chamada Organic Light Emiting Diode (Oled, ou Diodo Orgânico Emissor de Luz). Entre os seus atrativos estão o baixo consumo de energia e a espessura da tela, ainda mais fina e leve. Outra tecnologia que desponta no mundo dos monitores é a Fied Emission Display ( FED).
O sistema promete mais nitidez, baixo consumo de energia e menor tempo de resposta.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

TV Digital

A TV Digital chegou para ficar e vai mudar a forma de ver a televisão. A partir de agora, todo mundo vai ter a qualidade e a modernidade da transmissão digital em qualquer lugar. É o futuro chegando de vez ao Paraná.

Qualidade de Imagem e Som

Com o sinal digital, as imagens beiram a perfeição e se comparam às que se vê nas telas de cinema. Com um aparelho digital e transmissão em alta definição, as imagens terão até seis vezes mais qualidade e nitidez que atualmente. O mesmo vale para o som recebido, que terá qualidade equivalente à de um DVD.

Mobilidade

Com a TV digital, qualquer lugar é lugar para acompanhar a novela, o final daquele jogo, o jornal e todos os programas favoritos. Será possível assistit TV em qualquer lugar, a qualquer hora. Televisores portáteis, laptops, palmtops, telefones celulares e muitos outros aparelhos portáteis poderão receber o sinal digital da TV aberta com uma qualidade incomparável e sem nenhum custo. Ou seja, todo mundo poderá assistir televisão a caminho do trabalho, no ônibus, no carro e onde quiser.

Interatividade

Em breve, a interatividade entre a programação e o público farpa parte da vida de todo mundo. E isso implicará em uma grande mudança na cadeia de forncedores e prestadores de serviços. As produtoras mudarão seu processo de captação e edição e as agências terão um leque muito mais amplo no seu planejamento. Isso porque a interatividade desenvolverá novos canais de comunicação com o consumidor.

Qualidade digital também na publicidade
Os publicitários só terão a ganhar com essa nova fase da televisão brasileira. Com a qualidade de imagem e som, os criadores e diretores de filmes publicitários ganharão um amplo campo de desenvolvimento para novas abordagens de comunicação, além da plataforma técnica diferenciada, que permite infinitas possibilidades de entrar na vida do tão almejado consumidor. É importante deixar claro que o modelo atual de comunicação publicitária via TV nada perde com a digitalização do sinal.
Velhos conhecidos nossos da propaganda brasileira continuarão a existir e seguem perfeitamente válidos com a nova transmissão. Aliás, os comerciais de 30 segundos, o patrocínio e outros formatos, além de continuar, fazem isso com uma qualidade incomparável e muito mais valorizados, já que a qualidade de som e imagem é muito elevada.
A soma de todas essas vantagens reforçará os laços entre a TV e o público, tornando-a assim ainda mais eficiente como veículo de comunicação.

Como manter uma marca no topo em 2009 em meio à crise global do mercado financeiro?

Independentemente da situação econômica, o melhor dinheiro é sempre aquele que é aproveitado com a melhor mensagem. Quanto mais inteligente, perspicaz e emocionante for a forma como você diz algo para o consumidor, menos recursos será preciso desprender para fazer essa mensagem chegar até ele e alcançá-lo da maneira correta. Aquilo que é chato e enfadonho precisa ser repetido muitas vezes para ficar na cabeça das pessoas.
Fórmulas prontas e sempre repetidas são suspostamente fórmulas vencedoras. Mas de quantas peças publicitárias com uma musiquinha qualquer, com uma ceninha emocionante, com uma criancinha bonitinha conseguindo lembrar? E quantas esquecemos? É muito mais fácil guardar uma mensagem que é original, inovadora, que se conecta com o consumidor de uma forma interessante. Às vezes, ela pode despertar emoções elementares, mas se diferencia por conseguir fazer isso por meio de "botões" que nunca tinham sido apertados antes.
Em uma situação em que há excesso de dinheiro, essa é a maneira correta e honesta de se relacionar com o seu cliente. Na crise, contudo, essa é a única forma. Não há sentido em criar uma mensagem medíocre para alguém que convive com tantos estímulos em tantos ambientes de mídia. Só aquelas mensagens que são realmente inteligentes, instigantes, vão ficar na cabeça do consumidor. O restante irá desaparecer e, com isso, desaparece o dinheiro de quem anunciou.
É preciso se conectar com no consumidor de maneira inesquecível, memorável, e a forma de fazer isso é trazer a mensagem de um jeito novo. A repetição das velhas fórmulas, da mesmice, não cativa. o consumidor não é pago para assistir à publicidade;ele só vê e se lembra dela quando é agradável.
Não sabemos ainda como o consumidor será afetado pela crise. Sabemos, porém, que esse contexto modifica algumas emoções que ele tem na sua relação com os bens duráveis, com as marcas. Não apenas pela falta de dinheiro e crédito, mas porque muda a percepção daquilo que o consumidor passa a considerar valioso e prioritário nesse momento.
Grandes marcas se fortaleceram ou foram inventadas justamente em momentos de guerra. Existe a reação óbvia, que é ter medo,recuar,deixar de investir. Mas, nesses momentos de crise,aqueles que são mais corajosos e tem capacidade de inovar tendem a sair mais fortes.

Debate Bate-Bola por Fabio Fernandes - sócio-presidente e diretor de criação da F/Nazca

A Propaganda constrói marcas e prepara o futuro

Nunca se falou tanto de sustentabilidade como neste ano.Desde a realização da Eco 92, passando pelo polêmico Protocolo de Kioto, o assunto encontrou sua importância.Bem provavelmente por conta dos riscos iminentes, já que nunca se falou tanto de aquecimento global e das ações predatórias promovidas pelo homem. De repente, todo mundo decidiu levantar essa bandeira e em todas as atividades se passou a usar a sustentabilidade como forma do politicamente correto, do jeito de ter responsabilidade sobre o planeta e o futuro das gerações.Mais que uma questão de consciência, todos viram nisso um excelente caminho para fazer marketing e promover produtos e marcas.
A propaganda também não ficou de fora. Há muito oportunismo, mas ainda assim as campanhas se revestem de importância sem precedentes, até porque em todas as situações fica evidente que as mensagens são positivas e servem de base para a educação desta geração. A sustentablidade está em praticamente todas as campanhas - dos bancos, das empresas de alimentos, dos fabricantes de automóveis, do mercado financeiro. A propaganda age em favor da sociedade, tem o fator educativo como seu lado mais positivo, cumpre seu trabalho de multiplicar a responsabilidade social.
hoje, mesmo segmentos nitidamente poluidores, cujas atividades são prejudiciais ao planeta, entenderam que precisam fazer algo. E não basta apenas que sigam a legislação, como a compra de certificados de carbono. É preciso angariar simpatia, reverter danos à imagem, existentes ou potenciais. Nesse sentido entra a propaganda moderna.
O que é melhor nisso tudo é que, com o tempo, aprendemos que não basta apenas alardear, fazer uma peça bonita e publicar. A boa propaganda precisa ter respaldo, base de verdade. Precisa, portanto, ser real. Se o sabonete não é de fato cheiroso, não adianta chamar um trio das melhores cabeças da propaganda para trocar o produto. Se o detergente não limpa mesmo, não convém gastar os "tubos" para promovê-lo. O certo é que, no final, a verdade emerge e tudo vai por água abaixo.
A indústria, o comércio e os serviços se amoldaram a essa nova sociedade. O aprimoramento de institutos de defesa do consumidor e suas leis favoreceram esse movimento. As pessoas passram a ser mais exigentes, as empresas e fornecedores, mais atentos. É certo que ainda existe uma avenida a ser percorrida, muita coisa está para acontecer. Mas teremos uma sociedade mais moderna e consciente para nossos descendentes.
A sustentabilidade funciona como ferramenta indispensável, que mais cedo ou mais tarde todo mundo vai empregar.
As futuras gerações agradecem.